Raio que rasga do infinito
Arrancando o resto que ficou.
Recortando em papéis
Os fios que restou.
Raio que rasga rugindo
Raivando na rua o medo, o temor.
Raio que rasga no céu
Rebuscando a raiz que estrelou.
Raio que rasga no arco-íris
Repitando as cores do Amor.
Arranhando todas as partes
Das faces do desamor.
Raio que rasga na rapidez
Da rispidez que raiou.
Raio que rasga nos pincéis
Dos beijos-róseos do pintor.
(Fernanda Fraga, poema Pincéis do Pintor, 14 de Janeiro de 2012)
Postado originalmente no me blog antigo: http://mefaltaumpedacoteu.blogspot.com/2012/01/pinceis-do-pintor.html?m=1