Solfejo da Lealdade

Afago este som marrom
para o cair da tarde,
olho a luz
e vou encher o dia
com o seus encantos.
Corre,
rola,
late,
espanta os passarinhos.
Senta,
deita,
desenho a folha da árvore
que entendem ao formato exato
para assim repousar suas sombras,
Espalham ramos e violetas
és uma devoção mútua
da minha incompletude
E nenhuma imagem enseada
mostrou-me na vida à lealdade.

és talvez alguma iguaria nos lares
Das goiabeiras, aos solfejos de Bach
Tens na tarde brotando laranjeiras
em seus pés
Para pastorear o meu melhor.

(Fernanda Fraga, poema Solfejo da Lealdade, 22 de janeiro de 2024)

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